Oliveira, Carlos de; Dias, Marcos; Medeiros, Manoel de; Pita, Abany
UFRGN
Uma das decisões técnicas mais importantes para se automatizar uma subestação e torná-la desassistida refere-se ao meio de comunicação entre esta subestação e o Centro de Operações. Normalmente as empresas do setor elétrico optam por usar rádio ou fibra ótica, dependendo das distâncias e infra-estrutura disponível em cada situação. Essa regra se aplica a subestações comuns. Subestações móveis são um caso particular, pois são concebidas para uso em situações sazonais, emergências, manutenções preventivas ou manutenções corretivas. Dessa forma, as soluções de telecomunicações para subestações comuns não são aplicáveis tão facilmente às móveis, seja devido à inexistência de infra-estrutura (meio de comunicação), ou à dificuldade de inserir, em um curto espaço de tempo, as informações da subestação móvel numa rede de automação existente. Considera-se, então, que para atender aos requisitos de mobilidade apresentados, o meio de comunicação ideal deve fornecer cobertura em uma grande área geográfica. Os custos de implantação de uma infra-estrutura desse porte são muito elevados, porém os serviços de uma operadora existente podem ser usados. Dois serviços que atendem bem a esses requisitos são o satélite e a telefonia celular. Neste trabalho, é apresentada uma solução para automação de subestações móveis através de enlace via satélite. O projeto foi implantado na concessionária de energia brasileira Cosern, com sucesso. A operação tornou-se transparente aos operadores. Outros benefícios obtidos foram segurança operacional, qualidade no fornecimento de energia elétrica e redução de custos. A solução apresentada é um projeto piloto, voltado não só para subestações, mas para aplicações cujo volume de dados transmitidos seja pequeno, e há dificuldades quanto ao meio de comunicação. Apesar do satélite ter sido usado, pode-se obter o mesmo resultado usando-se a telefonia celular, através de Short Messages ou via rede de comutação de pacotes, como o GPRS ou o EDGE.