Indicadores para programas de GLD em força motriz na área de concessão da AES Sul Sin categoría

TRABAJOSTECNICOS CIER

Gabiatti, Adriano; Zanoni, Cicero; Kaehler, Jose

PUC

Os programas de conservação têm-se destacado cada vez mais como uma ferramenta eficaz de auxílio para a minimização dos impactos do crescimento de demanda, beneficiando o uso racional da energia elétrica. A AES Sul, diante desta realidade, firmou parcerias com a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) e a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) para implantar ações de GLD (Gestão pelo Lado da Demanda) através da promoção da eficiência energética em processos industriais e serviços. Na primeira etapa deste programa foi priorizado o uso final da força motriz nos clientes industriais, através da substituição de motores elétricos, que representam 45% da energia comercializada pela Concessionária.
Para avaliar estes programas, a metodologia apresentada pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), tem como ponto de vista o sistema elétrico interligado. Contudo, a falta de indicadores específicos para avaliar, mesmo que de forma preliminar, os impactos destas ações de GLD considerando os interesses dos múltiplos atores envolvidos, quais sejam a ANEEL, o cliente e particularmente a concessionária, apresenta-se como um obstáculo no desenvolvimento e implementação de tais programas.
Sendo assim, buscou-se uma primeira indicação sobre a melhor forma de utilização de recursos no uso final força motriz sobre o mercado de energia elétrica da AES Sul tendo como parâmetros de
análise econômica, a relação custo benefício (RCB) para a ANEEL e o tempo de retorno simples (TRS) para o cliente.
Inicialmente, os consumidores foram classificados conforme seu nível de tensão de fornecimento e grupo tarifário, sejam tarifas monômias e binômias, com os preços praticados pela AES Sul. Além disso, foi levantado o número típico de horas em que a energia elétrica é utilizada seja fora ou no período de ponta em cada grupo tarifário.
Foi adotado que para os consumidores ligados em alta tensão o período de utilização dos motores elétricos ocorre em todo o período diário, ou seja, “flat” de acordo com a modulação natural da tarifa que está contratada com o cliente. Assim para os consumidores A1, A2 e A3 cuja tarifa compulsória é a horo-sazonal azul, os motores operam 24 horas, sendo três horas na ponta. No caso dos consumidores A3, A3a e A4 foram contempladas as três tarifas possíveis: azul, verde, e convencional. Para a tarifa verde e a convencional foi considerada a operação de motores durante 16 horas por dia, sem utilização no período de ponta. 
Para ações de eficientização e substituição de motores na análise realizada, o tempo de retorno médio para clientes AT é de 38 meses e o retorno global médio para todas as faixas de potência dos
motores utilizados é de 50 meses. Uma análise mais criteriosa deve ser feita sob o enfoque dos consumidores, pois, mantendo-se a manutenção preventiva sobre os motores, os ganhos da eficientização tendem a ocorrer durante toda a vida útil da tecnologia eficiente, considerando a vida útil média de um motor em doze anos, percebe-se que os ganhos compensarão em muito um investimento em eficiência.​
Empresa
  • PUC
Países
  • Brasil
Autores
  • Gabiatti, Adriano
  • Kaehler, Jose
  • Zanoni, Cicero
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