Cardoso, Rui; Moura, Pedro
EFACEC
Das energias renováveis, para além da tradicional utilização dos recursos hídricos, são os aproveitamentos eólicos que reunem as melhores condições de afirmação quer pelo amadurecimento das soluções técnico/económicas quer pela disponibilidade dos recursos naturais.
A presente comunicação dá uma perspectiva do estado da arte dos equipamentos e das soluções utilizadas nas redes eléctricas de Alta e Média Tensão dos parques eólicos instalados.
A complexidade das redes e do equipamento de um parque éolico dependem do nível da potência instalada sendo no entanto a sua estrutura de base comum, incluindo os postos de transformação MT/BT dos geradores, subestação MT/MT ou MT/AT e interligação com a rede de distribuição / transporteOs equipamentos utilizados nos parques têm evoluido a par dos geradores com potências cada vez maiores e mais mais concentradas.
Conceitos de integração e modularidade nas torres determinaram a utilização de postos de transformação pré-fabricados e esquemas eléctricos tipificados. A possibilidade de inclusão dos postos de transformação nas torres conduziu a limitações de espaço obrigando a utilização soluções para as celas de Média Tensão muito compactas e a utilização de transformadores de distribuição com encapsulamento em resina ou a utilização do óleo de silicone.
Para gerir toda a energia produzida de uma forma distribuida os diversos postos de transfomação das torres estão ligados á subestação principal do parque através de uma rede de MT geralmente em exploração em antena. As características e complexidade da subestação e do respectivo sistema de controlo e comando dependem da potencia instalada e também do grau com que a exploração do parque se vai preocupar no impacto da estabilidade do sistema electrico de energia aonde o parque vai ser intrerligado.
Normalmente os parques éolicos não funcionam autónomamente e estão geralmente interligados com a rede eléctrica nacional. O ponto de injecção pode ser feito ao nível da Média Tensão para pequenos parques mas para potências mais elevadas a injecção é feita ao nível da rede de grande distribuição ou de transporte, havendo necessidade de colocar nesses pontos, postos de corte e seccionamento.