Goncalves, Francisco; Gouvea, Marcos; Cunha, Antonio da; Simoes, Marcos; Perez, Daniel
AES Eletropaulo; EPUSP
As restrições para a implementação de novas subestações envolvem questões técnicas, econômicas, ambientais, regulatórias e de aceitação da comunidade local. Tal quantidade de restrições considerada simultaneamente acaba por tornar escassas as oportunidades viáveis para as necessárias expansões do sistema.
Ao mesmo tempo, a gestão dos ativos frente aos requisitos regulatórios é fundamental para obter o reconhecimento dos investimentos na tarifa. Dessa forma, o compartilhamento de áreas já ocupadas pela concessionária surge como uma opção interessante a ser explorada. A proposta de se utilizar a faixa de passagem de uma linha de transmissão aérea urbana para a implementação de subestações de distribuição não é totalmente nova, mas, nesse trabalho, foi atualizada com a adoção de novas tecnologias e critérios de projeto para obter uma solução que se adaptasse a faixas de largura máxima 10 m de linhas 88 (138) kV com dois circuitos. O conceito explorou também o máximo de simplificações, elementos pré-fabricados e interligações através da rede de distribuição. Este artigo descreve as principais etapas do projeto de desenvolvimento bem como sua aplicação a um caso prático, cuja implementação está em curso pela AES/Eletropaulo.
A despeito de propiciar a viabilização da construção da subestação, existem também aspectos econômicos e de tempo de implantação favoráveis a solução na faixa de passagem.