Lara, Helder; Barbosa, Sergio
CEMIG
Analisar o impacto da conexão de geração distribuída nos sistemas de Média Tensão das concessionárias de Distribuição. O trabalho abordará as condições técnicas de acesso e as perdas introduzidas, devido a entrada das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e das Pequenas Centrais Térmicas (PCTs) acontecerem normalmente junto à rede mais próxima e, via de regra, distantes dos centros de carga.
A permissão de acesso ao sistema é uma obrigação das empresas concessionárias do serviço público de distribuição de energia elétrica. Em grande parte o acesso vem acontecendo no nível da Média Tensão (13,8 e 23 kV no caso da Distribuidora).
A conexão dessas fontes de energia aos barramentos das Subestações de Distribuição, acarreta menores problemas operativos e simplifica aspectos de construção, operação, proteção e manutenção. Em geral é uma alternativa mais cara do que conexões diretamente nas redes existentes.
A conexão direta na rede pode trazer uma série de inconvenientes para a concessionária se houver religador no meio da rede, regulador de tensão que não está preparado para operar com fluxo reverso, etc. Há também um outro grandeproblema, que são as perdas elétricas. Estas são, na grande maioria dos casos, devidas à incompatibilidade da geração (“flat” e tendendo sempre para o máximo) com a carga que dura em média, de 6 a 8 horas como leve, 13 a 16 horas como média e, apenas, 2 a 3 horas como pesada.
O acesso ao longo dos alimentadores existentes, às vezes mais viável economicamente para o acessante, pode ser visto como alternativa à conexão direta na barra da subestação, desde que com mínima interferência sobre a qualidade (continuidade, conformidade e níveis de tensão do fornecimento).
Há a expectativa, por parte do acessante, que o acesso feito na rede mais próxima, é mais rápido e com custos mais baixos. Isto pode não ser verdade. Os investimentos em uma Rede de Distribuição exclusiva, em geral, ficarão mais caros. Mas, não é regra. O investimento em recondutoramento de trechos dos circuitos e os custos para adaptar os equipamentos para uma nova situação, onde a rede deixa de ser radial para ter fonte dupla de alimentação, pode ficar até mais caro e, ainda, significar perdas (mesmo com o recondutoramento) superiores às existentes, se compararmos com a situação anterior à integração da geração.