Zanoni, Cicero; Kaehler, Jose; Gabiatti, Adriano
PUCRS
Anualmente, para a renovação dos contratos de concessão de distribuição de energia elétrica, as distribuidoras brasileiras, devem investir 0,5% de sua receita operacional líquida em programas de eficiência energética (PEEs). Para muitas empresas, isto se torna um ônus, já que investir em eficiência energética causa uma perda de receita no curto prazo, com a redução de consumo e, muitas vezes, renegociação de contratos de fornecimento que implicam em menor demanda contratada dos clientes atendidos pelos PEEs.
No entanto, a eficiência energética pode se tornar um bom negócio para a concessionária, desde que seja avaliado aonde alocar recursos e que tipos de clientes podem se tornar mais atraentes para a destinação dos investimentos. Desta forma, com a implementação das ações dos PEEs, investimentos de expansão podem ser protelados ou realocados. Assim, o planejamento da distribuição, conta com cenários mais longos e uma utilização plena dos recursos de distribuição e subtransmissão serão sensíveis em curto prazo de tempo. Além disso, poderão ocorrer reduções das perdas técnicas e comerciais e uma melhor remuneração dos ativos de distribuição.
Este trabalho apresenta uma metodologia de avaliação para a alocação de recursos em programas de gestão pelo lado da demanda, tendo como enfoque a visão da concessionária de energia e um estudo de caso realizado onde foram avaliadas as alternativas de expansão do sistema de distribuição e de eficientização energética.
Desta forma, o objetivo deste trabalho é fornecer subsídios de informação e ferramentas de decisão para os gestores das concessionárias sobre aonde investir com o menor impacto nas receitas da empresa e quais as alternativas de comercialização, tendo como base uma melhor remuneração dos ativos existentes e planejados.