Zardo, Gilson; Ferreira, Maria
COPEL
As fraudes e furtos de energia elétrica, denominados pela Resolução 456/00 de ‘Procedimento Irregular”, são as pontas visíveis do grave problema enfrentado por todas as distribuidoras – perda de receita.
Aprofundando a observação, pode-se pontuar algumas questões de segurança dos procedimentos internos realizados pelas empresas prestadoras de serviço público, relacionados com aspectos sociais, legais, técnicos, comerciais e de gestão, necessários para minorar o problema.
A grave crise econômica experimentada por toda a sociedade brasileira associada a hegemonia neoliberal restou por alavancar as desigualdades sociais que contribuem decisivamente para o aumento da perda de receita.
No aspecto legal detecta-se a fragilidade das bases jurídicas que alicerçam o atuar da Concessionária buscando a recuperação de receita, sem esquecer da segurança jurídica necessária para a atuação junto aos consumidores.
Em relação às questões técnicas e comerciais, há necessidade de aperfeiçoamento constante e controle no know how sobre todo o processo: seleção do consumidor, sistema de lacragem, procedimento de vistoria, ligação e inspeção, de faturamento, o trâmite do processo administrativo, o sistema jurídico de repressão e prevenção, até final pagamento dos valore devidos pela detecção do procedimento irregular.
A questão pontual relaciona-se às ações empresariais com foco na sociedade, que devem estar devidamente comprometida com a difusão de valores éticos orientados para o combate recuperação de receita decorrente de Procedimento Irregular. Esta atuação dirigida não só a repressão, mas também, de forma estratégica, destinando recursos/investimentos em comunicação com a comunidade, programas sociais e educativos destinados a minimizar a causa material da perda comercial.